Blog do Boleiro

Arquivo : abril 2015

Corinthians planeja quitar dívidas com atletas ainda nesta semana
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Luciano Borges

Ainda nesta semana, o Corinthians pode quitar as dívidas que tem com atletas como Emerson Sheik, Paolo Guerrero, Renato Augusto, Cássio, Elias e Fábio Santos. Esta é a expectativa do diretor de futebol Sérgio Janikian que foi informado pelo departamento financeiro do clube que estas pendência poderão ser acertadas nos próximos dias. “Não dá para dizer quando o dinheiro vai cair na conta dos atletas, mas a sinalização foi boa”, disse o dirigente ao Blog do Boleiro.

Pagar o que deve aos jogadores, em prêmios e direitos de imagem, é a condição imposta pelo próprio Corinthians antes de tratar da renovação de contrato dos atacantes Paolo Guerrero e Sheik. Janikian revelou que até conversa com Bruno Paiva, empresário de Guerrero, mas não se discutiu termos de um novo contrato. “Só vamos fazer isso quando tivermos quitado o que que temos para pagar. Todos os jogadores têm a mesma importância”, falou.

O atacante peruano está perto do período em que ele pode assinar pré-contrato com outro clube. O atleta tem dito que não pretende fazer isso, sem antes esgotar as possibilidades de um acordo com o Corinthians. “Nós também queremos chegar a um entendimento”, disse o dirigente.

Emerson Sheik tem situação parecida. O contrato vai vencer no meio do ano. Ele pretende assinar novo compromisso até o final de 2016. Janikian garantiu: “Ele tem uma história muito importante no clube. Se depender de mim, ele vai pendurar as chutarias no Corinthians”.

ACORDO COM MALCOM

Nesta terça-feira, o empresário Fernando Garcia mandou um representante pegar a minuta do novo contrato de Malcom. Trata-se do acordo atual que será estendido até dezembro de 2018. O jovem talento terá um aumento. O representante de Malcom prometeu devolver o documento assinado ainda nesta quarta-feira.


Feliz no Ceará, Silas disputa títulos. E, um dia, quer dirigir o São Paulo
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Luciano Borges

Perto de conquistar o título da Copa do Nordeste, Silas garante que está feliz no comando do Ceará, mas não abandonou uma certeza: “Um dia vou ser técnico do São Paulo”. O treinador nunca escondeu a vontade de retornar ao clube onde foi formado. “Não sei quando. Só estou esperando a hora”, falou ao Blog do Boleiro.

E este momento pode demorar, segundo a expectativa do próprio Silas. No momento, o nome dele não é ventilado para ser substituto de Muricy Ramalho. Os dirigentes tricolores tentaram trazer Alejandro Sabella, treinador da Argentina vice-campeã mundial em 2014. Agora, falam em fixar o auxiliar Milton Cruz no comando do time. Pelo menos até conseguirem outro técnico de fora. “Não sei se esta ideia é tão boa assim”, falou.

O técnico calcula que, em duas temporadas, vai completar 10 anos como treinador, com o carimbo de experiência. “Vou estar com 52, 53 anos, com idade boa para um desafio como o de dirigir o São Paulo. Não vou ser mais o Menudo”, afirmou referindo-se ao time de 1985, do qual fez parte. Dirigidos por Cilinho, jovens como Silas, Muller, Sidney e Nelsinho fizeram parte do time campeão paulista que teve Careca, Falcão, Oscar, Pita e Dario Pereyra. “Naquela época, a gente não ficava oito anos sem ganhar do Corinthians”, brincou.

Nos altos e baixos da vida de boleiro, Silas está em alta. Dirige um time que considera “uma maravilha”. O clube o contratou para disputar a Série B e voltar para a primeira divisão do futebol brasileiro. “O Ceará é muito organizado. Não é à toa que o time vem fazendo bom papel e está chegando nos torneios”, disse.

Os salários do Departamento de Futebol estão em dia. O time está na disputa de dois títulos.

No Campeonato Estadual, o Ceará enfrenta o Fortaleza na decisão. Perdeu o primeiro jogo por 1 a 0. Se devolver o resultado no próximo final de semana, será campeão. Já na Copa do Nordeste, o time dirigido por Silas precisa apenas de um empate diante do Bahia, nesta quarta-feira, e levará o título. “Estamos trabalhando para ganhar estes torneios. Vai ser duro contra o Bahia, mas vamos buscar o título”, falou.

Quanto ao São Paulo, Silas diz que não está se oferecendo, mas tem certeza de que, mais dia menos dia, vai ser técnico do clube que o ajudou a chegar na seleção brasileira.

 


Eles brigaram em campo e são do mesmo time. Vão ficar sem salário este mês
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Luciano Borges

Uilian (de costas) e Fabio Jr. brigam em campo - Foto: Reprodução - TV Bandeirantes

Uilian (de costas) e Fabio Jr. brigam em campo – Foto: Reprodução – TV Bandeirantes

O lateral-esquerdo Fábio Jr. recebe R$ 1.500 por mês. O meia Uilian fatura um pouco mais: R$ 2 mil. Mas neste mês de abril, os dois jogadores do Plácido de Castro FC não vão receber um centavo. O clube acreano aplicou uma multa de 100% dos vencimentos dos atletas. Motivo: ele brigaram em campo.

“Foi uma medida educativa e os dois jogadores concordaram. Eu poderia ter demitido por justa causa, mas queria dar exemplo para outros atletas de outros clubes. Eles erraram e mereceram a pena”, disse o presidente do PCFC, Nerycildo da Silva.

Fábrio Jr. E Uilian bateram boca e saíram no tapa durante a partida do Plácido contra o Rio Branco, na Arena da Floresta, na capital do Acre. O time visitante perdeu por 5 a 2. Quando saiu o quinto gol do Rio Branco, aos 32 minutos do segundo tempo, o lateral e o meia trocaram socos e pontapés.

Para separar os briguentos foi preciso a intervenção de cinco colegas de time. O árbitro Fábio Santos expulsou os briguentos. Uilian deixou o gramado com a camisa rasgada e ainda levou uma sonora bronca do auxiliar técnico Francisco Pereira, o Lima, que, por sua vez, foi admoestado por dois jogadores que não queriam ver o clima esquentar ainda mais.

Já no vestiário, Uilian e Fábio Junior esfriaram a cabeça e fizeram as pazes. No ônibus, na viagem de cerca de 100 kms até Plácido de Castro, os dois sentaram lado a lado. Nesta segunda-feira, antes do treino da tarde, eles foram informados da multa pesada.

“Eu acato porque poderia ser pior. Eu errei e peço desculpas”, disse Uilian, que é natural da cidade. Fábio Jr. Também aceitou a multa punitiva. “A gente não deveria ter feito o que fez”, falou.

Antes do treino, eles tiveram que conversar com todo o elenco e mais uma vez pedirem perdão pelo que fizeram. Mas o presidente Nerycildo quer mais: “Eles ainda terão que pedir desculpas à imprensa e à sociedade acreana”, falou.

Depois, a dupla ficou correndo em volta do campo e conversou bastante.

Perguntado sobre como Uilian e Fábio Junior vão se virar sem o salário, o dirigente garantiu que o Plácido de Castro vai garantir coisas básicas. “A alimentação é por nossa conta. O Uilian mora na cidade. O Fábio fica no nosso alojamento. Eles não vão passar aperto”, afirmou o presidente.

Nesta terça-feira, o time volta a campo. Vai enfrentar  a Amax. O jogo vale vaga no G-4. A partida será disputada na Arena da Floresta, em Rio Branco, às 18hs.


Bem encaminhado com Santos, R. Oliveira diz que cobiça de rivais é natural
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Luciano Borges

Ricardo Oliveira não assinou um novo contrato com o Santos, nesta segunda-feira, como queria o presidente Modesto Roma Junior. O artilheiro do Campeonato Paulista nem esteve na Vila Belmiro. Aproveitou o dia de folga e ficou com a família em São Paulo. Em conversa com o Blog do Boleiro, ele garantiu não saber se as conversas entre Roma e o empresário Luiz Tavera, um de seus representantes, terminaram em um novo acordo. “Vou saber a partir desta terça-feira”, disse o atleta que diz ter uma conversa bem encaminhada com os dirigentes santistas.

Sem definir novo contrato com Ricardo Oliveira, o presidente santista decidiu adiar a viagem que faria na noite desta segunda-feira para Milão. Ele iria tentar um acordo para ter Robinho até o final do ano. Ficando em Santos, Modesto Roma vai aproveitar para definir a permanência do centroavante.

Numa rápida conversa por telefone, o atacante falou também sobre o interesse de outras equipes como o Grêmio. “É meio inevitável com o que estou apresentando”, falou. 

Blog do Boleiro – Como estão as conversas com o Santos? Saiu a renovação?
Ricardo Oliveira – Como estava programado, tivemos o dia livre e eu fiquei em São Paulo. Então não sei o que aconteceu. Se tivesse um dia apropriado nesta semana, seria ontem. Nesta terça-feira eu vou saber como estão as coisas.

Nesta segunda-feira de manhã, o presidente Modesto Roma Junior disse que estava conversando com o empresário Luiz Tavera na sala dele e que pretendia assinar o contrato até o final do dia.
Não estou sabendo se eles conversaram ou não. Até porque o meu empresário é o Augusto Castro. Mas o Tavera esteve presente na minha contratação. Ele nos ajudou lá em Santos. Pode ser, mas eu não sei de nada ainda.

E como estão as coisas? Você foi procurado pelo Grêmio?
Olha, não sei disso não. Nem leio ou me informo a respeito. Até porque isso é desviar o foco. O que eu sei é que a gente está muito bem encaminhado com o Santos e não quero desviar desta linha .

Mas você tem atraído outros clubes.
Se isto acontecer é natural. É meio inevitável com o que eu estou apresentando, Tenho feito gols, estou disputando um título. Se sair campeão, será normal que apareçam interessados. Mas volto a dizer que estou bem encaminhado com o Santos.

Animado com a final na Vila Belmiro?
Muito. É uma oportunidade grande que a gente tem, sabendo que vamos ter dificuldade para ganhar do Palmeiras, um time muito forte. A gente precisa de um gol para igualar tudo. Dá para conseguir, desde que a gente tenha um acerto muito grande.

Com Robinho ao lado, ajuda?
O Robinho estará à disposição para jogar. Ele é um baita reforço.


Santos quer assinar com R. Oliveira hoje e garantir Robinho até 4ª feira
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Luciano Borges

Modesto Roma Junior, presidente do Santos estava na sala dele na Vila Belmiro, quando atendeu o telefonema do Blog do Boleiro. E, ao ser perguntado sobre a renovação de contrato do atacante Ricardo Oliveira, o dirigente respondeu. “Faz tempo que ele já acertou com a gente. Aliás, estou com o agente dele aqui na minha frente, na sala. Ele tem que assinar hoje”, disse referindo-se ao empresário Luiz Tavera, que estava sentado na cadeira em frente. O anúncio do novo compromisso depende desta assinatura. “Vamos confirmar assim que ela sair”, reforçou Modesto.

Nesta segunda-feira à noite, o dirigente embarca para Milão. Vai conversar com os homens do futebol do Milan. Quer contratar Robinho. Ou, pelo menos, estender o empréstimo até o final do ano. Já alinhavou alguns pontos para um acordo. “Eu gosto de conversar na hora. Vamos nos reunir informalmente e ver o que podemos fazer”, disse.

A advogada de Robinho, Marisa Alija Ramos, disse que o encontro entre Santos e Milan deve tratar de outros assuntos, além da negociação de Robinho. “Eles têm outros interesses”, disse sem especificar quais temas seriam estes. Ela explicou ainda que o empréstimo de Robinho dura até 30 de junho e que o Milan pode negociar o jogador para qualquer outra equipe a qualquer hora.

Marisa afirmou também que já conversou com os dirigentes santistas e deixou claro que, antes de conversar sobre um novo contrato, é preciso que o clube pague o que deve para o jogador. “Se o Santos estender o empréstimo, um ciclo termina e começa outro. É preciso acertar as pendências”, falou ao Blog do Boleiro.

Modesto Roma quer o novo contrato de Ricardo Oliveira assinado ainda nesta segunda-feira. E quer retornar ao Brasil até setxa-feira com a situação de Robinho já definida.

Aí vai pensar na final entre Santos e Palmeiras. “Vamos ser campeões. Porque aqui é nossa casa”, afirmou. Ele voltou a criticar a arbitragem do jogo deste domingo no Allianz Parque, mas poupou o juiz Vinicius Furlan. “Ele só estava muito nervoso. Mas o Palmeiras jogou com dois bandeirinhas abertos nas laterais. O primeiro (Carlos Augusto Nogueira Junior) não marcou impedimento no gol do Palmeiras. E o segundo ( Anderson Coelho ) deu um pênalti que não existiu”, falou.


Chefe da arbitragem da FPF: gol do Palmeiras foi regular e juiz leva nota 7
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Luciano Borges

Não houve impedimento no gol de Leandro Pereira que definiu a vitória do Palmeiras sobre o Santos por 1 a 0, neste domingo no Allianz Parque. E o pênalti perdido por Dudu foi marcado corretamente. A equipe de arbitragem merece nota 8. O juiz Vinicius Furlan nem tanto. Ele recebe 7. O julgamento é do coronel Marcos Marinho, presidente da comissão de arbitragem da Federação Paulista de Futebol. Ele acompanhou a primeira partida da final do Campeonato Paulista pela televisão, em casa, “é melhor. Dá para julgar com mais tranquilidade”, disse ao Blog do Boleiro.

O Cel. Marinho começou a análise do apito no clássico decisivo chamando a atenção para o trabalho da equipe. Afinal, foi o 4º árbitro, Guilherme Ceretta de Lima, que impediu Furlan de expulsar o jogador errado do Santos, no lance da penalidade máxima aos 10 minutos do segundo tempo. O juiz mostrou o cartão vermelho para David Braz, quando o autor da falta foi Paulo Ricardo. Ceretta comunicou o erro ao árbitro que corrigiu e expulsou o jogador certo.

Além disso, o homem forte do apito paulista achou que o auxiliar Carlos Augusto Nogueira Junior agiu corretamente ao não anotar impedimento de Robinho no lance do gol do Palmeiras, aos 29 minutos do primeiro tempo. “O Robinho não participou da jogada. Ele não tinha sequer alguém a marcá-lo. Não houve impedimento”, disse o coronel Marinho.

Vinicius Furlan ganhou elogio ao não marcar pênalti de Geovânio em Rafael Marques, aos 45 minutos da primeira etapa. “Foi uma disputa normal de bola. Não teve sequer um calço do santista. Foi uma decisão divicil. Mas não foi pênalti”, disse Marinho.

Por fim, o Cel. Marinho aprovou a decisão do árbitro em expulsar os treinadores do Palmeiras (Oswaldo de Oliveira) e Santos (Marcelo Fernandes) no intervalo do jogo. “A regra diz que eles não podem entrar em campo e eles entraram em campo”, falou.

Se a nota de Furlan foi menor do que a equipe no todo, o motivo é disciplinar. “Acho que ele falhou no controle do jogo. Ele demorou para assumir o controle da partida e precisa agilizar mais o jogo. São coisas que ele vai precisar corrigir”, disse.

Para o jogo de volta na Vila Belmiro, domingo que vem, três juízes entrarão no sorteio: Raphael Klaus, Luiz Flávio de Oliveira e o elogiado Guilherme Ceretta de Lima.

 


Barrado por problema cardíaco, Fabrício joga por prazer e agencia jogadores
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Luciano Borges

Fabrício dá entrevista antes do jogo Foto: arquivo pessoal

Fabrício dá entrevista antes do jogo Foto: arquivo pessoal

Estádio Vereador José Ferez, Taboão da Serra (SP). O jogo do time da casa, o Taboão, terminou com vitória por 2 a 1 sobre o ECUS (Suzano), na segunda rodada da 2ª divisão do futebol paulista. Os gols dos vencedores foram marcados por dois veteranos: Viola e Fabrício Carvalho. Os atacantes são a grande atração da equipe dirigida pelo ex-volante Rogério, aquele das pedaladas do Robinho que passou por Corinthians e Palmeiras.

Foi a estreia da dupla de frente. Viola, aos 46 anos, faz do futebol um meio de diversão. “Poderia parar faz tempo, mas gosto disso tudo: treinos, vestiário e jogo”, disse ao Blog do Boleiro.

Fabrício Carvalho é mais novo. Tem 37 anos. E pensa em seguir longe. “Eu penso em jogar até os 40 anos. Enquanto tiver clube me ligando, estou jogando. Tenho saúde e vitalidade para isso”, disse.

Nada mal para um atleta que ficou dois anos parado, proibido de jogar por ter uma arritmia cardíaca. Em 2005, a vida de Fabrício Carvalho parou. Ele estava no auge da carreira. Em 2004, tinha marcado 25 gols na temporada. Foi um dos principais jogadores da conquista do Campeonato Paulista pelo São Caetano. Foi sondado por Palmeiras e Corinthians. Mas a morte do zagueiro Serginho, vítima de uma parada cardíaca num jogo contra o São Paulo, mudou tudo.

“As pessoas falam que eu estava no lugar errado, no momento errado”, disse o jogador. Nos exames pré-temporada, feitos com muito cuidado, foi detectada a arritmia. Os médicos aconselharam que ele deveria parar. Fabrício, assustado, parou. “Fiquei com aquela dúvida. Passei um ano e meio fazendo exames. Fui à Coritiba pegar outra opinião do cardiologista Constantino Constantini, que cuidou do Washington (outro atacante que teve problemas cardíacos e voltou a jogar), e depois, o patologista Beny Schmidt me disse quer eu poderia jogar”, contou.

Schimidt chegou a assinar um relatório onde confirmava seu diagnóstico. Nenhum clube aceitou porque o médico não é cardiologista. Em 2007, o Goiás decidiu dar uma chance para Fabrício Carvalho.

O atual presidente do clube, Sérgio Raci, era conselheiro do clube em 2007. Ele é médico cardiologista e planejou um retorno gradual. “Eu estava sem jogar há dois anos, estava pesando 10 quilos a mais. Voltei treinando com um aparelho que acompanha o batimento cardíaco, tome remédios preventivos e fiz exames a cada três meses. Quando mais treinava, mais eu melhorava”, contou o atacante.

Fabrício Carvalho voltou a jogar pelo Goiás. Ficou lá por duas temporadas. Depois, iniciou uma peregrinação pelo mundo da bola: Portuguesa de Desportos, Bragantino, Ferroviária, Oeste de Itápolis, Guaratinguetá, Araxá, Cabofriense, Itapirense e agora, Taboão da Serra.

Enquanto esteve longe da bola, Fabrício voltou para Andradina, onde mora, e criou uma ONG para cuidar de garotos carentes e dar educação via futebol. A entidade atende jogadores desde os nove aos 17 anos. “Lá, nossa preocupação é a inserção social. Não estamos atrás de talentos”, garante.

Fabrício abriu também uma empresa, a FC9, que agencia jovens talentos para clubes do Brasil e do exterior. “Eu comecei indicando atletas para clubes da Polônia, Irlanda, Tailândia e outros mercados. Eles me pediam atletas e eu mandava vídeo. Foi dando certo e hoje temos um trabalho mais estrutura, junto com o empresário Carlos Eduardo”, falou.

Fabrício fechou acordo com o próprio Taboão. Vai gerir a equipe da próxima Taça São Paulo. Ao mesmo tempo, está fechando uma parceria para montar estrutura de formação de atletas de alto rendimento em Itapecirica da Serra, perto de Tabõao da Serra. “Estamos começando este trabalho. Vamos ver onde ele vai dar”, disse.

Em meio aos negócios, o atacante faz o que mais gosta. “Jogo futebol. É muito bom. Hoje estou mais confiante. Mas fiquei muito abalado pelo que passei. Por isso, jogar é sempre uma alegria”, disse.

 

 


Técnico do Santos desconfia da ausência de Valdívia: “Não acredito”
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Luciano Borges

Marcelo Fernandes não confia na versão do Palmeiras de que o meia Valdívia está fora do primeiro clássico decisivo do Campeonato Paulista, neste domingo no Allianz Parque. O treinador do Santos soube da notícia de um edema no joelho esquerdo do chileno. Não comprou. “Não acredito não”, disse ao Blog do Boleiro. Ele desconfia que a comissão técnica do adversários está tentando confundir o trabalho dos santistas. “Acho que é uma forma de pensar. Eu respeito todas as formas”, afirmou.

Marcelo Fernandes tem motivos para ser cético. Afinal, ele trabalhou com o técnico Oswaldo de Oliveira no ano passado, no próprio Santos. Conhece a forma de pensar do treinador. “Faz parte do espetáculo, do jogo, trancar o treino, esconder escalação. Eu respeito isso”, falou.

Na noite desta sexta-feira, na rádio Bandeirantes, Marcelo garantiu que vem treinando o Santos com várias possibilidades: “Estamos preparados para atuar caso o Valdívia jogue ou não jogue. Pode ter certeza que o Santos trabalhou pensando nas alternativas que o Oswaldo tem. Com certeza, treinamos uma com o Valdívia em campo”.

Marcelo e seu companheiro Serginho receberam vídeos do pessoal da comissão técnica que estuda os adversários. Eles já separaram formas de atuar do Palmeiras, incluindo a a presença de Cleiton Xavier em campo, com Valdívia fora. “São dois jogadores de muita qualidade”, avaliou o técnico santista.

Por seu lado, Marcelo não garante se terá Robinho em campo. “Ele tem um edema na perna e está fazendo tratamento intensivo. Aliás, ele não é o único. Passamos esta semana recuperando os jogadores porque a partida contra o São Paulo foi muito dura”, disse.

A lesão no joelho esquerdo de Valdívia existe. Foi constatada em exames de imagem. Ele não treinou nos últimos dias porque estava em tratamento. Mas é preciso esperar para ver se ele vai trabalhar com bola neste sábado.

 

 

 


SPFC: Vice assume erro por ingresso caro e espera 60 mil contra o Cruzeiro
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Luciano Borges

O vice presidente de marketing do São Paulo, Douglas Schwartzmann, admitiu que errou na política de preços de ingressos adotada na fase de grupos da Copa Libertadores da América. O dirigente assumiu a responsabilidade de outro diretor, que já não está mais no cargo e tinha definido os ingressos em R$ 120 cada, em pacotes para os três jogos no estádio do Morumbi. “O esforço do torcedor comum teria que ser muito grande”, disse ao Blog do Boleiro.

Para atrair mais torcedores, a diretoria do São Paulo decidiu baixar os preços dos ingressos para o confronto contra o Cruzeiro, dia 6 de maio. Cada entrada custará R$ 60. Não haverá a promoção do acompanhante (um ingresso para duas pessoas). Segundo Schwartzmann, a expectativa da diretoria é de atrair 60 mil pagantes. Ele não garantiu ações como show de música antes da partida. E acha que o desempenho do time contra o Corinthians, na última quarta-feira, vai atrair mais fanáticos.

Blog do Boleiro – Por que vocês baixaram o preço dos ingressos?
Douglas Schwartzmann – A gente entendeu que a torcida quer pagar 60 reais. Com a promoção do acompanhante do último jogo, que estendemos para todos os teores, tivemos um preço médio do ingresso de R$ 70. A gente entendeu que a torcida quer pagar menos. Esperamos agora que a torcida mostre o apoio que o time do São Paula precisa.

Foi um erro cobrar R$ 120,00 reais na fase de grupo?
Foi um erro. Eu assumo. Nem estava no Brasil quando o diretor da época (Ruy Maurício Barbosa) tomou esta decisão. Eu estava fora, mas deleguei poderes. Quando voltei, como já haviam sido vendidos pacotes com os jogos todos, tive que respeitar. Agora sabemos que para o torcedor comum, o esforço para pagar R$ 120 era muito grande.

Quanto vocês pretendem arrecadar no jogo contra o Cruzeiro?
Espero que tenha 60 mil torcedores. Aliás, prefiro que tenhamos 60 mil torcedores pagando 60 reais do que 30 mil pagando 120. O preço de R$ 60 é esse, está fixado. Se a torcida corresponder, vamos manter até a final da Copa Libertadores da América.

O time se sente melhor com estádio cheio?
Jogador gosta de casa cheia. E nós da diretoria também. Eu gosto de ir para o estádio lotado, com clima de festa. Festa vazia ninguém quer. A gente vai corrigindo os erros. A gente quer acertar ao máximo e quer que a torcida esteja feliz. Às vezes a gente erra. No último jogo, contra o Corinthians, tivemos 39 mil pessoas. Foi uma demonstração de que o preço teria que cair pela metade. Além disso tivemos um evento bacana, com a turma do rock tocando uma nova versão do hino do São Paulo. Ela está sendo um sucesso nas redes sociais. Tudo isso ajudou.

Vocês planejam outras ações deste tipo?
Estas ações são feitas com custo alto. Desta vez, o São Paulo não gastou nada. Os músicos tocaram de graça. O palco foi bancado por um parceiro, um torcedor são paulino que quis ajudar. Além disso tem um trâmite para se fazer um evento antes e no intervalo do jogo. O Carlos Miguel Aidar precisou pedir licença para a Conmebol, que normalmente não autoriza estas ações. Para o próximo jogo, vamos ter as mesmas dificuldades. Em 10 dias, não se faz um evento assim. Se tiver uma oportunidade legal que dê para fazer, vamos fazer. Não temos nada previsto. Mas não vou enganar ninguém.

O erro do preço dos ingressos na fase de grupos fez com que o São Paulo deixasse de faturar quanto?
Faturamos metade do que teríamos faturado com o ingresso no preço que o torcedor quer. Mas não foi só o preço da entrada que fez com que tivéssemos poucos torcedores no Morumbi. A mudança da empresa que cuidou da bilheteria causou alguns transtornos na primeira partida. E o momento da equipe do São Paulo, que perdeu alguns jogos, veio somar a esta série de coisas. Mas depois do jogo contra o Corinthians, com a apresentação brilhante do time, acho que a gente terá 60 mil torcedores. A gente corrige e ganha. No São Paulo, a gente está sempre aprendendo.diretoria reduziu o preço dos ingressos para a próxima fase.

 


Sabella: “Procurem outro técnico”. Aidar e vice discordam sobre Luxemburgo
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Luciano Borges

Foi uma manhã de contra-informação do vice-presidente de futebol do São Paulo,  Ataíde Gil Guerreiro.

Em conversa com o Blog do Boleiro, no início da tarde desta quinta-feira, o dirigente contou que, na tarde da quarta-feira, ele conversou com o técnico Alejandro Sabella por telefone. Queria saber se o treinador estava ainda disposto a discutir sobre a possível vinda para o São Paulo. “Falei com ele, que é um gentleman. Ele disse: ‘Procurem outro técnico. Minha preferência é a Europa”, afirmou Ataíde.

O vice de futebol comunicou o presidente Carlos Miguel Aidar. Os dois decidiram desistir de contratar Sabella. “Terminamos a negociação. O presidente disse que anunciaria nesta quinta numa entrevista coletiva”, falou. A informação vazou e foi dada pelo repórter Guilherme Palenzuela, do UOL Esporte, em primeira mão.

O curioso é que, cerca de três horas antes, Ataíde entrou no ar no canal Bandsports, dizendo que ainda estava interessado na contratação do técnico argentino. “A produção do programa me ligou e pensei que era o telefone de minha filha. Atendi e quando fui ao ar, não poderia dar a notícia antes da coletiva do Carlos Miguel”, justificou.

A situação ficou assim: o dirigente defendeu Sabella, sabendo que o técnico já tinha pedido para o São Paulo procurar outro nome.

Algumas coisas não mudaram.

Para Ataíde, Alejandro Sabella estava sendo injustiçado e Luxemburgo não está nos planos do São Paulo. O vice-presidente  disse nesta quinta-feira que o técnico argentino não estava “esnobando” os são paulinos.

“Eu fui à Argentina para conversar com ele, que é um sujeito excepcional. Ele me disse: ‘Eu tenho um projeto de vida e estou conversando com um grande clube inglês’. Então, ele me pediu para conversar com o São Paulo somente a partir do dia 24. Ele mesmo alegou que seria ruim para ele e para o São Paulo.  Eu é que insisti para que ele adiantasse alguma coisa”, disse ao Blog do Boleiro.

O que Ataíde não contava foi com o vazamento desta conversa. “Era para ser total confidencialidade. Não sei como vazou. Agora ficou parecendo que o Sabella está esnobando o São Paulo. Mas não está”, afirmou.

O dirigente disse ainda que o treinador vice-campeão mundial com a seleção argentina ficou chateado com o barulho causado pela notícia do interesse do São Paulo. “Ele está chateado com a exposição. Aconteceu o que ele não queria. Por isso, o Sabella não está falando com  ninguém. Só comigo”.

O dirigente garante que Sabella não estava irritado com o clube brasileiro. “Isso não.  Ele está chateado com o jeito como as coisas vazaram”, afirmou.

De manhã, no programa Primeiro Tempo, do canal Bandsports, Ataíde Gil Guerreiro garantiu que não está conversando com Vanderlei Luxemburgo, treinador do Flamengo. Disse mais: “Ele não está nos nossos planos. É um técnico ganhador, com currículo invejável. Mas não conversamos com ele”, afirmou.

Esta posição do dirigente continua. “Eu não aceito o Luxemburgo”, repetiu ao Blog do Boleiro às 12h40. 

Mas, com as idas e vindas entre Aidar e Guerreiro, nada impede que o treinador do Flamengo seja procurado e contratado pelo presidente do São Paulo. “O Carlos tem poder de decisão. E nossa relação não vai estremecer por causa disso”, falou.